A ética do professor ou o professor de ética?

quinta-feira, 8 de abril de 2010
Os professores do ensino fundamental e médio vivem com os filhos, os netos, o futuro do país. Imaginem o desafio de ensinar, além de suas matérias regulares, a ética.
A palavra ética se origina do termo ethos através do latim ethica que significa o modo de ser e agir dos humanos. Não há como generalizar ou decifrar a mente humana, codificá-la. Ou seja, até em seu significado, ética acaba sendo muito pessoal, não há como definir o que seria agir eticamente de uma maneira padronizada.
A questão central é a análise dos diversos valores presentes na sociedade, a ética, na verdade, não nasce com a pessoa, não é um instinto, é formado conforme seu crescimento. E quanto às questões complexas da ética? Pessoas vivendo de forma precária, famílias desestruturadas, a falta de educação dentro de casa, os valores mudaram.
A maior parte dos pais manda os filhos para a escola sem saber que tem o dever de educá-los em casa. A escola acaba sendo o lugar em que os filhos “não dão trabalho” e o professor o principal culpado se caso a criança falhar. A escola é onde o aluno aprende a base para a continuação dos estudos e, principalmente, aprende o convívio social e o respeito às hierarquias.
O professor não deixa de ser um humano com complexidades, problemas, dúvidas e, mesmo assim, incumbido de construir os princípios de respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. Num país que não valoriza essa classe e que os pais, cada vez mais jovens, não são capazes de cumprir seus papéis, o professor acaba tendo uma tarefa um tanto quanto desafiadora.
A escola nos ensinou mais do que imaginamos, os nossos professores foram um dos maiores influenciadores da nossa ética e se pararmos e revermos isso, a ética não é ensinada, ela é absorvida.
Termino esse artigo com a frase de Dom Pedro II: “Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro”.


Jonas Campos
Uma reflexão sobre a minha vontade de ensinar e o desafio que me vem pela frente.


Artigo escrito para a matéria de Ética e Legislação. Professor Arnaldo Silva. UNIP/Jundiaí

2 comentários:

Ravs disse...

Amigo, vc vai "sair" daí um professor!rs Lindo post!!!

Sabe q no fundo no fundo sempre q eu me deparo com o encanto que é influenciar através desse lugar encantador q é a escola, tenho vontade de ser professora, mas sempre digo q isso é tarefa para os corajosos!

Ah, e sempre tb q eu me deparo com a falta de respeito e educação, penso queria ser professora, pra influenciar ao máximo os "jovens" com princípios!

Quem sabe, talvez eu me torne uma corajosa fora do ambiente escolar...rs =)

Marquinho disse...

Belo texto Jow!!!

Aliás, por falar nisso, vi pelo comentário que fez no blog do Roger (ele me falou que foi um dos melhores!) e pelos texto que escreveu no post do Painel de palavras, que melhorou bastante.
Será a influência da facu? muita leitura?

No meu blog eu vejo que meu texto era bem tosco no começo e que melhorei tb com o passar do tempo (ainda bem né?!)..rs

Mas acho que o ato de escrever e de fazer as coisas (a tal da prática) resulta em melhorias com o passar do tempo (a tal experiência). É isso aí!

Parabéns cara, como sempre você me surpreende!

Abraço!